quarta-feira, 13 de março de 2013

.capítulo décimo sétimo: o incrível causo de como eu canhei um concurso.


Eu tenho um problema: muita criatividade. Não ria de mim. Sim. Tem vezes que é ótimo. Mas tem dias que é complicadíssimo escolher qual ideia deveria ganhar um post... Eu estava nesse dilema entre falar sobre sorvetes ou a feira de matadeiros (tudo a ver, só que não...), empurrando com a barriga escrever pro blog, porque estou cheia de trabalhos finais da faculdade, cheia de trabalho pré férias e, de repente, uma madrugada, escrevendo muita embramation em espanhol pra faculdade trabalhos, eu vou dar aquela procrastinada básica no facebook e descubro que GANHEI INGRESSOS PRA VER DIVIDIDOS!!! Todas pula de alegria!

Basicamente meu problema de tema se resolveu essa semana porque eu decidi que o mínimo que eu podia fazer era escrever um post sobre o pessoal que escolheu minha resposta no concurso!

 Debora, minha filha, explica melhor que eu não to entendendo nada, pelamordedeus!

Era uma vez uma página da qual eu sou muito fã, chamada Guía Oleo. Nas palavras deles mesmos (num português traduzidinho do espanhol super fofis): “um guia aberto e completo dos restaurantes, onde todos pomos a qualificação e não uns poucos "opinologos" mediáticos”. Não, eu não sei exatamente como, quando e onde eu descobri o Guia Oleo. Lembro que comecei a identificar que bons restaurantes costumavam ter o selinho do guia na porta. A associação foi feita dentro da minha cabecinha imaginativa: se tem selinho do Guía Oleo é bom e vale entrar e provar a comida!  Só depois eu descobri a página. E a mão na roda que é para descobrir bons restaurantes perto de casa, ou que entregam, ou horários de funcionamento, ou telefones e endereços, ou se aceitam ou não cartão, etc etc etc. Virou referência mesmo! Me apaixonei mais um pouco quando descobri que além de toda essa informação, ainda tem cupom de desconto pra alguns restaurantes, promoções e etc. (Fiz uma rápida investigação para esse parágrafo e descobri que, diferente do que eu pensava, o Guía Oleo não é só pra cidade de Buenos, não, viu?! Tem pra Costa Atlantica Argentina, Mendoza, Córdoba, Cidade do México (oi?) e até São Paulo! #Ficadica, hein?)

Então que no final de semana, num dos momentos de procrastinação dos estudos vi um post no facebook do pessoal do Guía Oleo:

“Gracias a los amigos de BA Voice tenemos 2 pares de entradas para ver Divididos en el Teatro Flores este miércoles 13 de marzo. Comentá en este post; una canción de Divididos y un bar dónde disfrutarla, y un par puede ser tuyo! - Tenés tiempo para responder hasta el lunes 11 a las 20 hs. El ganador será anunciado en este mismo post. Esten atentos!”

Divididos, meus amigos, é sinônimo do que é mais tradicional no rock argentino. A fama deles é tipo a do pessoal dos Fabulosos Cadillacs (que eu citei aqui outro dia, lembra? Comparando com Paralamas e tal). Nesse programa do Canal Encuentro, uma aula de história sobre a banda Divididos, acompanhada de muita música! Assisti recentemente e recomendo! Deixo pra vocês darem play numa das músicas que eu mais gosto: 



A BA Voice é uma revista portenha de distribuição gratuita muito muito interessante porque tem como tema principal as atividades culturais da cidade! Se você está turistando por aqui, a BA Voice pode te dar dicas bem macanudas de programas para fazer! Pra descobrir onde conseguir sua BA Voice – se a versão eletrônica que você encontra no link do nome ou o facebook não for suficiente – é só clicar aqui.

Eu não ia ao show e o namô já até tinha os ingressos dele quando vimos a promoção. Ele disse que já tinham respostas ótimas, nem tava animado e eu mandei um “ah, num custa nada tentar, vai, me ajuda aí”. E então que ganhamos! Eu nunca achei que a gente ia ganhar, cara. Eu nunca ganhei nenhuma promoção na vida! Nem rifa da escola! Nem bolão de copa do mundo! Xuxa, posso mandar um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra minha tia? Hahaha Eu queria mesmo deixar meu super obrigada aos fofos e simpáticos do Guía Oleo e da BA Voice, Mariana Oliva e Sebastian Pereyra, respectivamente!

beijos não me liguem que fui ver Divididos, gents!

Obs: como esse post tava gigantesco, ficou sem fotinhas. Perdoam eu? =)

terça-feira, 5 de março de 2013

.capítulo décimo sexto: um pouquinho sobre la vida en bici.


Estava eu indo pro trabalho, numa outonal manhã de março portenha (oi?) e pensando sobre que diabos escrever aqui - já que meu super post sobre cinema já não era uma opção, tendo em vista que o oscar foi num longinquo fevereiro de 2013 - quando pá: era óvio ululante sobre o que eu tinha que escrever!
Esse último final de semana foi o primeiro final de semana do mês! "E daí?" - você se pergunta ao ler essa frase. Daí que aqui em Buenos Aires, o primeiro domingo do mês é dia da Masa Crítica de Buenos Aires! Meu programa dominical mensal favorito, ao qual eu atendo quase que religiosamente!
O que é um potinho cinza e azul na turma do fundão? Eu na última Masa! Foto do Giancarlo León.
Há anos eu sou ciclista urbana e fiel apoiadora de transportes alternativos. Quando eu tive que escolher entre comprar um carro ou uma bicicleta, comprei uma bicicleta elétrica - para total desespero da minha mãe que associava a idéia do motor a que a minha bicicleta fosse moto de corrida... rs
Quando cheguei a Buenos Aires me entusiasmei muito com o quanto a cidade é bici amiga. Além de ser mais plana que o Rio (mas por favor, não se engane, Bue tem sim subidas e bajadas), tem restaurante que dá desconto ou brindes e até balada! Na página La vida en bici tem um mapa feito de forma colaborativo, super completo, para você decidir desde a sua rota (sabendo exatamente onde estão as ciclovias, ruas recomendadas e ruas a evitar) até seu café ou sua balada!
E hoje, terça, enquanto eu terminava esse post, a Amanda (do Buenos Aires Para Chicas) deu a dica do dia no facebook: as bicicletas públicas aqui de Buenos Aires, que eram oferecidas a todos os residentes (não importando a nacionalidade!), agora também podem ser retiradas pelos turistas! E o custo é zero! Vai perder? Mais informações nesse comunicado da prefeitura. Nessa pagina do governo você também encontra outras dicas de vida em bici! Vale a pena conferir.
Voltando a Masa Crítica. Eu me lembro até hoje do dia em que os vi pela primeira vez, passando embaixo da minha janela, quando eu ainda morava perto do centro. Achei irado aquele monte de gente de bicicleta mas não tinha idéia do que era. Fui descobrir que aquilo era a Masa Crítica muuuuito tempo depois, através de um amigo que me ajudou a comprar minha bici e que era fiel devoto das masas.
Mas o que é uma Masa Crítica? - você me pergunta. Olha, eu super podia dar uma mega longa explicação longa pra vocês, mas achei o texto do wiki em português super elucidativo dessa pergunta (se você ainda não deu google, clica aqui). Minha versão resumida - e menos política - é que somos um monte de gente feliz que se junta para passear de bicicleta e se divertir. Além de que acho, pessoalmente, uma linda forma de conhecer Buenos, porque a verdade é que a Masa te leva para bairros que você talvez não fosse conhecer. Eu mesma, que já vivo aqui há mais de dois anos, continuo me surpreendendo todo primeiro domingo, conhecendo bairros que nunca tinha ido antes e conhecendo coisas novas! Vocês sabiam que ainda tem bonde nas ruas de Buenos? Ou conhecem a Ponte Alsina, que liga a grande Bue à Capital? Pois é. Eu também só descobri isso pedalando com a Masa!





Bonde em Caballito. Foto do Giancarlo León.

Ponte Alsina. Foto desse site aqui.
Além disso, a Masa é alegria, gente. Tem música, tem cantoria, tem personagens/performers, tem as pessoas mais lindas, cools e divertidas de Buenos Aires - sim, minha opinião é tendenciosa! hahaha Mas querendo conferir se eu tô falando ou não a verdade, fica a dica: aqui em Buenos a Masa oficial rola todo primeiro domingo do mês e não tem página oficial. Os organizadores voluntários organizam eventos no facebook como esse aqui, mas é só chegar no obelisco, a partir das 16h, que o pessoal vai estar lá. Juro. Além da oficial, também tem uma noturna, toda primeira noite de lua cheia, que é tão divertida quanto, e outras menores, que você vai descobrindo aos poucos.
Se você está de visita pela cidade e não vai estar aqui num dia de Masa, eu ainda assim recomendo que você alugue uma bici e conheça a cidade dessa maneira! Buenos é linda, cheia de parques e você curte muito mais isso se deslocando em bici que em taxi ou metro, néam?! =)
Do meu super arquivo-word-de-dicas-pros-amigos, copio as seguintes dicas:

“Depois é partir para conhecer parques. Tem o Rosedal (que é o grande onde tem as roseiras, mas também lagoa com pedalinho, fonte que foi presente da Espanha, ponte, etc etc etc, lindo para casais!) e o Jardim Botanico. Se der, alugar uma bicicleta é uma ótima pedida para passear pelos parques. A ciclovia aí vai desde o Rosedal até os parques da Recoleta – para um lado – e os parque de Belgrano – para o outro. Em Palermo mesmo tem a famosa Bicicleta Naranja.”

“Aliás, por falar em passeios de bicicleta, eu recomendaria também um passeio desses pelo parque Costanera Sur, em Puerto Madero. Porque Puerto se divide entre o que está de fato na beira do rio (onde tem o parque e um grande calçadão com quisquinhos que vendem sanduíches superbacanas de bondiola, chorizo, etc) e o que está nos diques (onde têm restaurantes e barezinhos da “moda”).”

Ufa! Esse post ficou enorme... Acho que dá pra perceber o quanto eu curto descobrir a cidade com a minha linda bici - que de casualidade também se chama Massa... rs

obs: bem que eu queria que todas as fotos desse post fossem do Giancarlo, que sempre tira ótimas fotos da masa, mas não são... De qualquer maneira, fica dica para vocês darem uma conferida lá na página dele do facebook. Quem sabe um dia você não estará numa delas? ;)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

.capítulo décimo quinto: os bares de almagro.


Logo que me mudei para Buenos Aires eu vivia como qualquer outro gringo que vive aqui. Meu circuito de bares, por exemplo, não ia muito além dos clássicos de Palermo e San Telmo. E tudo bem, né?! Tem vários bares legais por aí. Mas vou contar um segredo pra vocês, gente, esses bares nunca foram muito a minha onda, sabe?!  Tipo, eu ainda vou e tal. Quando os amigos querem ir eu acompanho sem problemas. Mas se tenho uma visita que me diz “pode me levar pra qualquer bar”, meus olhinhos brilham e eu penso: ALMAGRO! Hahaha
Pode ser que um monte de gente te diga que Almagro não tem nada demais. Agora, e se eu te contar que Carlos Gardel era super habitué dos tangos do bairro e até compôs música em homenagem a ele? Rá!  Almagro é da boemia, gente! É tudo tão boêmio, tão relax, a cerveja é mais barata, a comida não é variada, mas é honesta... Por isso eu queria indicar para vocês os quatro bares do meu coração (atualmente) de Almagro! Vambora!

do facebook do Ladran

O Ladran foi o primeiro bar que me tornou uma frequentadora mais assídua do bairro de Almagro. Não lembro mais direito como foi que eu fui parar aí pela primeira vez, admito. Mas, desde então, é muito do coração. A música não era o eletrônico de sempre, MUITO pelo contrário! As terças tem jam sessions (fala se não é boemia pura?!) e as quintas costumava ter show do grupo Luz Buena! Tem dia de tango também, mas confesso que nunca fui... Confira a programação da casa no link lá do nome para informações mais atualizadas, ok? A cerveja é barata e a comida, bem, confesso, que é apenas honesta, tá? Não espere comer a melhor empanada de Buenos aí. Mas no meu grupo de amigas, o Ladran ficou conhecido como o bar de onde ninguém saia sozinha e tem até casal que tá junto até hoje! ;) É uma portinha super discreta, nem parece um bar do lado de fora. Mas entre e seja feliz!


Esse foi dica da minha amiga, ex roomate, e eterna esposa: Mariposa. Aqui a musica é pano de fundo. Pra falar a verdade nem lembro se toca música ambiente... rs M Era o bar dela do coração e rapidamente se tornou o ponto de encontro das nossas noites de fofoca com as amigas, porque esse é bom mesmo de sentar e jogar muita conversa fora. Mesmo esquema de bebida barata e comida honesta. De dia a Casona é centro cultural e oferece cursos interessantes. Qualquer dia quero ver se experimento um! Mais informações no link lá do nome!


do facebook do Boliche
Esse foi dica de um amigo que morou aqui uns anos, num email de quando eu vim visitar Buenos uma vez. Um dia, um amigo que estava de visita foi e eu não pude acompanha-lo, só que ele voltou falando super bem da noite e um dia tive que tirar pra ir ver! Nesse bar a música é o tango. Num palquinho de 2 por 2, os músicos – quase sempre em dupla – se espremem para tocar os tangos mais lindos que eu já vi em Buenos. Quase sempre vou levando as visitas para que vejam um tango que não é o turistão, cheio de bailarinos, do Café Tortoni ou Señor Tango. Aqui é tango roots, gente. São senhores de idade, às vezes, com vocês incríveis, fazendo você se emocionar e desejar ter vivido em 1930, sei lá. Rs Da última vez que fui, lembro de ter tido a sensação que a cerveja já havia sido mais barata aí, mas não importa, o charme da noite compensa!

do facebook do Troquet

Esse é adição recente a lista. Também indicado pela Mari. Se tornou rapidamente queridinho porque atualmente deve ter a cerveja mais barata de Buenos Aires até onde meu fígado me deixou averiguar! Mesmo clima da Casona de Humuaca: bar de sentar com os amigos e jogar muuuita conversa fora.

Como vocês devem ter percebido, cerveja barata é denominador comum em todos esses bares. Só que outro denominador comum é que eles lotam, tá?! Não pode dar mole e chegar no horário portenho das 23h, ou pode ser que não role mesa! Aproveita que você não nasceu em Buenos Aires e vai mais cedo pra garantir seu lugarzinho ao sol, ok?! Qualquer dia a gente se esbarra num deles! ;)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

.capítulo décimo quarto: dica musical #01.


Ontem foi dia dos namorados em terras argentas (ou do samba lentín, como a comunidade brasileira bem falou! Rs) e curti um programinha que acho que rende um primeiro bom post de uma nova fase para esse blog: dicas. A verdade é que ao longo do tempo que levo morando aqui fui colecionando uma porção de dicas que compilei em words e passei para todos os amigos, parentes, conhecidos – e provavelmente desconhecidos também. No entanto, nunca tinha me animado, de verdade, em começar a postar as dicas porque conheço gente que tem muito mais experiência que eu nessa coisa morar em Buenos Aires + blog de dicas, sabe? Só que ultimamente eu tenho pensado em muitas dicas legais para dar, coisas novas que tenho experimentado fazer. É que cada vez eu curto mais fazer programas locais, mais fora do circuito turístico e, pode ser, que quem chegue aqui esteja procurando por isso: conhecer, também, a Buenos off, né?
Voltando ao tema de hoje. Blá blá blá, dia dos namorados. Eu e namorado íamos no básico: aproveitar a desculpa do dia para ir experimentar um restaurante novo (não que a gente precise muito de desculpa pra isso... rs), no que ele sugere de irmos a ver um show de uma dupla que faz umas músicas mais tirando pro folk e tal e me apresenta a delícia Flopa Minimal.

Flopa por Alejandro Pihué
Flopa Lestani foi baixista de um trio feminino importante no underground das terras argentas, o Mata Violeta, lá pelos idos dos anos 90. Teve outras bandas, se apresentou nas bandas de outros músicos e em 2004 lançou seu primeiro disco solo, chamado Dulce fuerte Grave. Em 2003, Flopa se juntou com Mariano Esaín e Ariel Minimal no projeto Flopa Manza Minimal.

Minimal por Rodrigo Alfaro
Minimal, ou Ariel Gustavo Sanzo, é cantor e guitarrista do grupo de rock Pez, mas ficou conhecido mesmo quando foi convidado para integrar a banda Fabulosos Cadillacs – grandes da música por aqui que eu acho que compararia com, sei lá, Paralamas, para vocês terem uma noção da dimensão da coisa, tipo, não tem um argentino que não conheça, saca? Minimal passou por um bocado de outras bandas, outros projetos e tem carreira solo também!

Capa de La Piedra En El Aire
Escutando o último da dupla, intitulado La Piedra En El Aire (disponível para download gratuito na página na dupla) eu esperava um show super tranquilo, fofinho, folks, etc e tals. E foi isso. E foi mais. Os dois são muito figuras! Era de morrer de rir os comentários entre as músicas. Super boêmios até o último fio de cabelo, parecia que eu tava na casa de amigos, ouvindo outros amigos tocarem. Tudo muito divertido, descontraído e feliz.

Se você curte esse tipo de trilha sonora, recomendo a escuta! E se está por Buenos Aires hoje, tem repeteco do show lá no Ultra Bar (San Martín, 678). Um videozinho no youtube para introduzir se você ainda não clicou em algum dos milhares de links que deixei pelo post:


terça-feira, 11 de setembro de 2012

.capítulo décimo terceiro: um ser imaginativo, mas pouco produtivo.


Então, gente. Eu descobri que tenho um problema. Tá. Ok. Eu admito. Não é só um problema. São vários. Começa pelo seguinte: eu tenho bilhões de ideias por segundo. É uma parada supers legal! E tal... O problema número 1 é que eu sou PÉSSIMA para tirar essas ideias do papel. Péssima no sentido de que realizo pouquíssimas. Quase nenhuma. Praticamente apenas as que sou de alguma forma obrigada. Eu tenho bilhões de cadernos espalhados pela minha casa (e provavelmente mais outro bilhão pela casa da minha mãe) onde guardo essas ideias. Das mais simples as mais megalomaníacas. Mas na hora de tirar do papel eu travo. A menos que eu tenha um dead line. Aí eu provavelmente faço em cima da hora. E fica ok. Nada de outro mundo. Só que no papel era uma parada incrível, sabe? E aí eu fico triste que não ficou incrível como eu tinha pensado.
O que nos leva ao problema número 2: o DIY talvez não seja pra mim, gente. Preciso aceitar o fato de que não sou uma pessoa prendada. É. É difícil admitir isso, tá?! Ainda mais porque minha mãe parece que nasceu com duas mãos direitas e deve ser uma das pessoas mais prendadas que eu conheço. E eu vou pra pós toda semana, com esse monte de artista plástico, que saca um monte de materiais e métodos de confecção das coisas e penso “onde eu estava quando eles aprenderam isso?” (rs).
            É um círculo vicioso: eu tenho a ideia >> já assumo que vai ficar uma merda >> nem tiro do papel OU deixo pro último minuto >> e realmente não fica tão bom assim.
            E criei um blog que deveria ser super DYI. Sacaram o por quê da falta de posts?
Se isso fosse um blog de onde comer em Buenos Aires, ou sobre os mais diversos filmes do mundo, acho que ia ter post todo dia que eu tivesse saco de postar. Coisa é que esse blog deveria ser alimentado por um ser prendado. O que, vamos encarar a realidade, não é o caso...
Então podemos assumir que esse blog vai falar sobre milhões de coisas no mundo, talvez até sobre decoração, mas, provavelmente, vai ter muito pouco conteúdo tutorial de DIY para repetir em casa? Assim eu me liberto e posto mais! Brigada pela compreensão! ;)

terça-feira, 3 de julho de 2012

.capítulo décimo segundo: dividindo informações.


Hoje eu queria fazer um post especial para Juh e a Kina: duas pessoas especiais, que não sabem como chegaram até meu blog, mas que se inspiraram, se identificaram, e compartilharam comigo um pouquinho das suas questões.

=)

Meninas, queria dizer para vocês que, realmente, não foi fácil alugar um lugar tão permanente como minha casinha atual. Maaaaas, não desanimem! Cada experiência é uma experiência. Minha primeira experiência aqui foi bastante diferente dessa, por exemplo.

Quando eu cheguei ia ficar apenas 6 meses. Só para estudar um tempo e ter a experiência de morar fora. Tinha juntado uma grana e podia alugar um apartamento para estrangeiros – como chamamos por aqui os apês que a gente aluga pagando um único valor mensal (que inclui, geralmente, além do valor do aluguel, o condomínio e as contas). Por causa da economia meio louca argentina, quase sempre se paga em dólares, tá gente?! Normal.

Nessa época, morei 1 semana num hostel até achar um apê e, apesar de já ter visto muitos apartamentos por foto (ainda no Brasil eu olhava muitas coisas pela internet), foi só chegando aqui e conversando com as pessoas do albergue que fui conhecendo o caminho das pedras.

Tem sites muito legais e altamente recomendáveis como o http://www.soloduenos.com.ar/ ou o http://buenosaires.es.craigslist.org/ que podem ajudar - e muito - na hora de buscar um apê por aqui. Afinal, em sendo estrangeiro, nossas opções ficam mesmo um pouco mais limitadas a aluguéis diretos com donos de apartamentos, ou de pessoas que alugam quartos nas suas casinhas.

Eu também cheguei aqui sem lenço, documento ou amigos. Os documentos, na verdade, comecei a agilizar ainda no Brasil – nossos países tem um acordo, por causa do Mercosul, no qual podemos tirar o documento de residência temporária que nos permite viver legalmente, trabalhando e tudo, por 2 anos. Depois de chegar aqui descobri que poderia ter feito o processo daqui que daria no mesmo e, talvez, ainda saísse mais barato. Mas eu acho que vale ir no consulado argentino mais perto de você e se informar...

Os amigos fiz por aqui mesmo!

=)

Pessoas lindas, que amo de paixão. Algumas delas são como família mesmo pra mim. Não se preocupem que isso vem com o tempo. E vários deles moram aqui em esquemas diferentes do meu: alguns conseguiram quartos em casas, outros conseguiram alugar direto com os donos. Cada um tem uma história.
Enfim, meninas, espero vê-las em breve aqui por terras portenhas!

Obs: Já tenho materiais comprados para posts mais DIY. Assim que a poeira do final de semestre baixar, projetinhos serão executados e devidamente postados aqui! Cenas do próximo capítulo! ;)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

.capítulo décimo primeiro: outras novas aquisições.

Gente! Jura que o último post por aqui foi em JANEIRO?! Mas eu podia jurar que tinha escrito depois disso! Não? Tem certeza? Ui. Sonhei, então, gente... perdão, hein?! Hahahaha


Mas então, no último fim de semana eu tive a experiência de conhecer a dona de um blog que eu adoro ler, a Vivi do D<3. Essa experiência e toda a fofura da Vivi me animaram de retomar o bloguito. Porque eu passo meio anônima, desapercebida pela blogosfera, sabe, gente. Apesar de ler diariamente, tenho vergoiiiiinha de comentar por aí e tals... Afinal, essas pessoas são tão prendadas. Tão DIY. Tão criativas... E eu? Bom. Eu tenho ideias. Várias! Realizar que é bom, tá difícil, viu. Aí? Aí eu compro. Hahahaha Quando o tempo deixa e o dinheiro permite, claro.



As férias que tirei (já faz quase 2 meses!) foram um momento supers especial para isso! E adivinhem só: a mala voltou com vários mimos pra casinha! Aliás, tudo que comprei nessa viagem foram mimos pra casinha. Hahaha Acho que me inspirei pelo lugar, sabe? É que eu fui pro Chile, terra desse poeta incrível chamado Pablo Neruda.



Pablo tem 3 famosas casas que são pontos super turísticos no país: uma em Santiago, uma em Valparaíso e uma em Isla Negra. Eu não sabia, até ir a primeira vez ao Chile, mas Pablo era um colecionista e isso dá o tom de todas as suas casas - além de toda influência do mar, que também fascinava o poeta.



Questão é que você entra em qualquer uma das casas do Sr. Neruda e tem de um tudo. E você pode pensar “ah, mas são museus, querem mostrar tudo que o cara tinha” e pode crer, também pensei isso. E perguntei pros guias. E não. Tudo está aí como Pablo e sua última esposa, Matilda, deixaram. E é um monte de coisa sim, mas faz sentido, sabe? Dá a cara e o tom das pessoas que viviam nessas casas.



E aí que não resisti. E pra trazer um pouquinho desse espírito comigo trouxe essas lindas bandeirolas diretamente da Chascona (a casa de Pablo e Matilda em Santiago) para dar a cara e o tom da pessoa que vive na minha casa!


 

Passeando por uma feirinha, em Santiago, me apaixonei pelos lustres coloridos. Também botei na mala! Agora a sala é mais verdinha. E o quarto mais alaranjado. E a dona desse lar, uma boba feliz.

E por fim, eis que na esquina do meu albergue tinha uma dessas lojas de departamento meio tipo Renner, sabe?! E aí que eu me deparei com esse jogo para cozinha que era simplesmente a cara da minha cozinha. Tinha como não botar na mala?